Comex e Mudanças Climáticas: o caso do Rio Grande do Sul e suas exportações

Este texto é uma tentativa de contextualizar dois fenômenos em toda catástrofe climática: (i) a mudança climática e seus efeitos não são neutros no espaço; (ii) enquanto a queda do PIB é uma mensuração interessante do prejuízo, ela parte de estimativas pré-contabilização, neste momento pelo menos. Neste texto, o objetivo é tentar contabilizar ex-post os danos causados pelas mudanças climáticas em termos de exportações.

No fim do mês de abril e ao longo do mês de maio de 2024, grande parte dos municípios do Rio Grande do Sul sofreu largamente com uma chuva que foi tanto volumosa quanto ampla pelo estado, ceifando centenas de vidas, destruindo a residência e local de trabalho de diversos gaúchos, isolando os locais em ilhas cerceadas pelas águas de enchentes. Enquanto os governos federais e estaduais se esforçam por romper um possível padrão econômico de desemprego e produção que pode piorar a situação do estado, em especial sua recuperação nos próximos meses, o presente texto tem por objetivo qualificar de forma regionalizada e setorial o possível impacto dessas chuvas no Rio Grande do Sul sobre seu perfil exportador. Dados de exportação são levantados a níveis municipais e na seção do produto com frequência mensal. Utilizamos dados das exportações gaúchas mais recentes para analisar o choque econômico que as exportações gaúchas passaram ao analisarmos dois cenários analíticos: (i) mudança mensal de maio para abril de 2024; (ii) mudança mensal de maio de 2024 para maio de 2023. Esses dois recortes visam explicitar os possíveis impactos de uma tragédia climática sobre um componente importante das rendas dos municípios, quais sejam as exportações.

O resultado dessa análise é exibido no dashboard a seguir.

Comex e Mudanças Climáticas: o caso do Rio Grande do Sul e suas exportações
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